Cá pra nós, as mulheres bem sabem o quanto uma dor de cabeça incomoda, principalmente durante a gravidez, quando os hormônios estão alterados e as emoções, a mil! Para acabar com o sofrimento, especialistas explicam as causas e as soluções para o tormento
Por Lígia Menezes
1. O que provoca a dor de cabeça na gravidez?
A dor de cabeça da gravidez não é diferente daquela que dá as caras em outras épocas da vida. Ela pode surgir em decorrência de algumas mudanças de hábitos, como a diminuição do consumo de cafeína, que, sem dúvida, promove ótimos benefícios à gestante, mas, como efeito colateral, pode desencadear a dor de cabeça. O estresse e o cansaço, mais comuns na gestação, também podem provocar dor e até uma enxaqueca.
Além disso, o problema pode estar relacionado a outros males de saúde, como distúrbios da visão ou sinusite. De acordo com o ginecologista Eliseu Tirado, do Hospital Bandeirantes, de São Paulo, ao engravidar (ou até antes de engravidar), é preciso consultar um ginecologista para que ele diagnostique, previamente, eventuais doenças.
2. Afinal, qual é a diferença da dor de cabeça e da enxaqueca?
A neurologista Carla Jevoux, do Rio de Janeiro, explica: existem mais de 200 tipos de cefaleia, ou dor de cabeça. A enxaqueca é um deles. Ela é herdada geneticamente e se manifesta por episódios repetidos de dor de cabeça, acompanhada por outros sintomas, como náusea, vômitos e intolerância à luz (fotofobia), aos ruídos (fonofobia) e aos odores (osmofobia).
3. Toda mulher tem dor de cabeça nesse período?
Não existe uma regra. Assim como culpar a gravidez pela dor também não é correto. Entenda: antes de engravidar, qualquer patologia que possa causar a dor de cabeça, como a sinusite e a enxaqueca, é tratada com medicamentos. Durante a gravidez, a dor passa a incomodar mais porque a mulher para (ou diminui bastante) a quantidade de remédios que tomava. “Daí a impressão de que o desconforto está mais forte”, diz Eliseu Tirado.
Uma desregulação hormonal também pode aumentar a dor, porém ela é bem menos comum, segundo Eliseu.
Além disso, ter uma gravidez não planejada acarreta estresse, que pode desencadear crises de ansiedade, dor de cabeça ou enxaqueca.
4. A gravidez prejudica ou melhora minha dor?
Ela melhora! Não acredita? De acordo com a neurologista Carla Jevoux, de 60 a 70% das mulheres sofredoras de enxaqueca relatam uma melhora significativa de suas crises durante o segundo e terceiro trimestres de gestação.
“Isso pode ser consequência do nível mais estável do estrogênio nesse período. O aumento na produção de endorfinas (substâncias que conferem a sensação de bem-estar) também contribui para afastar a dor”, explica Carla.
5. Dor de cabeça na gravidez pode se perigosa?
Sim, quando ocorre na região da nuca. Pior ainda se aparecer acompanhada de dor no estômago e visão embaçada, pois isso pode significar o aumento da pressão arterial, o que costuma levar a problemas mais sérios. Para tirar a prova dos noves, consulte seu médico.
6. Como evitar a dor de cabeça?
Paras se precaver, a orientação é evitar fatores que desencadeiam as crises, como o estresse, de acordo com o ginecologista e obstetra José Bento de Souza, especialista em reprodução humana. Outras medidas ajudam a atenuar o problema:
• Vez ou outra, experimente fazer uma massagem com um profissional, ou até drenagem linfática para gestantes.
• Coma com maior frequência e em menores quantidades.
• Tenha uma alimentação saudável. Cuidado com alimentos gordurosos, como chocolates, queijos amarelos, alimentos cítricos e embutidos.
• Faça atividades físicas específicas para gestantes, como ioga e hidroginástica.
• Tente manter um horário regular de sono. Evite dormir pouco ou em excesso.
• Evite a luminosidade intensa, como ficar na praia exposta ao sol, sem óculos e boné.
• Diminua a exposição a odores fortes, como perfumes, cheiro de tinta, ou à fumaça de cigarro.
• Fuja de locais barulhentos e de viagens para locais com altitudes elevadas.
• Chá de camomila, na quantidade de 1 xícara por dia, não prejudica a gravidez e evita a dor por conter um pouco de cafeína.
7. Como tratar a dor de cabeça sem tomar remédios?
Algumas dores passam com relaxamento e repouso. Quando doer, experimente fazer compressa com uma toalha e água morna ao redor dos olhos e nariz ou na nuca.
Tente investir em um escalda-pés. Por incrível que pareça, isso ajuda a diminuir a dor. “A água quente aumenta o fluxo de sangue para os pés, diminuindo a quantidade que circula nas artérias cranianas, o que, consequentemente, reduz a pressão que o sangue exerce ali”, conta a neurologista Carla Jevoux.
Outra dica: tente apertar as têmporas (na lateral do olho, perto das sobrancelhas) com os dedos, em movimentos circulares, no lado doloroso. Isso reduz o fluxo de sangue que vai para os vasos extracranianos e aplaca a dor.
O ginecologista José Bento de Souza indica ainda tratamentos alternativos, como acupuntura e exercícios de relaxamento, como ioga e hidroginástica.
8. Se nada disso adiantar, posso tomar remédios?
Se suas crises forem de forte intensidade, com náuseas e vômitos, ou quando há o risco de sofrimento fetal, sim, mas nunca no primeiro trimestre. E apenas os analgésicos simples estão liberados, segundo José Bento.
“Os remédios também devem ser evitados duas semanas antes do parto”, diz Carla. Mesmo assim, sempre que tomar alguma medicação, consulte seu médico antes.
A dor de cabeça da gravidez não é diferente daquela que dá as caras em outras épocas da vida. Ela pode surgir em decorrência de algumas mudanças de hábitos, como a diminuição do consumo de cafeína, que, sem dúvida, promove ótimos benefícios à gestante, mas, como efeito colateral, pode desencadear a dor de cabeça. O estresse e o cansaço, mais comuns na gestação, também podem provocar dor e até uma enxaqueca.
Além disso, o problema pode estar relacionado a outros males de saúde, como distúrbios da visão ou sinusite. De acordo com o ginecologista Eliseu Tirado, do Hospital Bandeirantes, de São Paulo, ao engravidar (ou até antes de engravidar), é preciso consultar um ginecologista para que ele diagnostique, previamente, eventuais doenças.
2. Afinal, qual é a diferença da dor de cabeça e da enxaqueca?
A neurologista Carla Jevoux, do Rio de Janeiro, explica: existem mais de 200 tipos de cefaleia, ou dor de cabeça. A enxaqueca é um deles. Ela é herdada geneticamente e se manifesta por episódios repetidos de dor de cabeça, acompanhada por outros sintomas, como náusea, vômitos e intolerância à luz (fotofobia), aos ruídos (fonofobia) e aos odores (osmofobia).
3. Toda mulher tem dor de cabeça nesse período?
Não existe uma regra. Assim como culpar a gravidez pela dor também não é correto. Entenda: antes de engravidar, qualquer patologia que possa causar a dor de cabeça, como a sinusite e a enxaqueca, é tratada com medicamentos. Durante a gravidez, a dor passa a incomodar mais porque a mulher para (ou diminui bastante) a quantidade de remédios que tomava. “Daí a impressão de que o desconforto está mais forte”, diz Eliseu Tirado.
Uma desregulação hormonal também pode aumentar a dor, porém ela é bem menos comum, segundo Eliseu.
Além disso, ter uma gravidez não planejada acarreta estresse, que pode desencadear crises de ansiedade, dor de cabeça ou enxaqueca.
4. A gravidez prejudica ou melhora minha dor?
Ela melhora! Não acredita? De acordo com a neurologista Carla Jevoux, de 60 a 70% das mulheres sofredoras de enxaqueca relatam uma melhora significativa de suas crises durante o segundo e terceiro trimestres de gestação.
“Isso pode ser consequência do nível mais estável do estrogênio nesse período. O aumento na produção de endorfinas (substâncias que conferem a sensação de bem-estar) também contribui para afastar a dor”, explica Carla.
5. Dor de cabeça na gravidez pode se perigosa?
Sim, quando ocorre na região da nuca. Pior ainda se aparecer acompanhada de dor no estômago e visão embaçada, pois isso pode significar o aumento da pressão arterial, o que costuma levar a problemas mais sérios. Para tirar a prova dos noves, consulte seu médico.
6. Como evitar a dor de cabeça?
Paras se precaver, a orientação é evitar fatores que desencadeiam as crises, como o estresse, de acordo com o ginecologista e obstetra José Bento de Souza, especialista em reprodução humana. Outras medidas ajudam a atenuar o problema:
• Vez ou outra, experimente fazer uma massagem com um profissional, ou até drenagem linfática para gestantes.
• Coma com maior frequência e em menores quantidades.
• Tenha uma alimentação saudável. Cuidado com alimentos gordurosos, como chocolates, queijos amarelos, alimentos cítricos e embutidos.
• Faça atividades físicas específicas para gestantes, como ioga e hidroginástica.
• Tente manter um horário regular de sono. Evite dormir pouco ou em excesso.
• Evite a luminosidade intensa, como ficar na praia exposta ao sol, sem óculos e boné.
• Diminua a exposição a odores fortes, como perfumes, cheiro de tinta, ou à fumaça de cigarro.
• Fuja de locais barulhentos e de viagens para locais com altitudes elevadas.
• Chá de camomila, na quantidade de 1 xícara por dia, não prejudica a gravidez e evita a dor por conter um pouco de cafeína.
7. Como tratar a dor de cabeça sem tomar remédios?
Algumas dores passam com relaxamento e repouso. Quando doer, experimente fazer compressa com uma toalha e água morna ao redor dos olhos e nariz ou na nuca.
Tente investir em um escalda-pés. Por incrível que pareça, isso ajuda a diminuir a dor. “A água quente aumenta o fluxo de sangue para os pés, diminuindo a quantidade que circula nas artérias cranianas, o que, consequentemente, reduz a pressão que o sangue exerce ali”, conta a neurologista Carla Jevoux.
Outra dica: tente apertar as têmporas (na lateral do olho, perto das sobrancelhas) com os dedos, em movimentos circulares, no lado doloroso. Isso reduz o fluxo de sangue que vai para os vasos extracranianos e aplaca a dor.
O ginecologista José Bento de Souza indica ainda tratamentos alternativos, como acupuntura e exercícios de relaxamento, como ioga e hidroginástica.
8. Se nada disso adiantar, posso tomar remédios?
Se suas crises forem de forte intensidade, com náuseas e vômitos, ou quando há o risco de sofrimento fetal, sim, mas nunca no primeiro trimestre. E apenas os analgésicos simples estão liberados, segundo José Bento.
“Os remédios também devem ser evitados duas semanas antes do parto”, diz Carla. Mesmo assim, sempre que tomar alguma medicação, consulte seu médico antes.
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