Os comerciais e as embalagens com personagens preferidos das crianças estão entre as razões que fazem com que elas queiram alimentos pouco nutritivos, diz pesquisa
A cena é clássica: no supermercado, a criança insiste em pedir para que o pai compre aquele pacote de salgadinho só porque a embalagem estampa o seu personagem favorito - e os adultos, muitas vezes, acabam cedendo. Para saber por que a gente sempre acaba dizendo sim e entender um pouco mais sobre a relação da publicidade com o consumo infantil, pesquisadores da Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health, Estados Unidos, analisaram o comportamento de 64 mães de filhos entre 3 e 5 anos.
Uma das motivações da pesquisa foi o fato de a obesidade infantil ser uma das maiores preocupações hoje em dia. Segundo a pesquisa, as mães apontavam os comerciais e as embalagens apelativas como as razões que mais faziam os seus filhos insistirem para comprar alimentos pouco saudáveis. Ou seja: mesmo que uma criança não goste de um certo tipo de bolacha recheada, você sabe, se o desenho preferido dele estiver na embalagem, ela com certeza vai pedir para experimentar. Para lidar com a questão, 36% delas sugeriram limitar o tempo a que as crianças são expostas à propaganda e 35% disseram que bastaria não comprar guloseimas. A maioria concorda que ceder aos apelos não resolve o problema.
Para Ana Lúcia Castello, psicóloga do Hospital Infantil Sabará (SP), essa questão está muito ligada aos limites. “São os pais quem decidem o que é melhor para a criança. Falta firmeza de dizer não e sustentar essa postura”, diz a especialista. O medo de frustrar as crianças é outro fator apontado pela psicóloga. Já Marianne Bonilha, psicóloga do Hospital Pequeno Príncipe (PR), também aponta os hábitos familiares como um problema. “Uma criança não vai entender por que não pode comer uma guloseima se os pais fazem isso em casa.” É aquela velha história de ensinar pelo exemplo. Além disso, explica Marianne, provavelmente pais que são “vencidos pelo cansaço” no supermercado também o são em outros âmbitos da vida do filho. “As regras precisam ser claras e obedecidas”, diz ela.
Mas apenas os pais são “culpados” pelos filhos não se conformarem com um não nesse caso? A resposta pode ser mais complexa do que se imagina. Segundo uma das autoras do estudo, Dina Borzekowski, “para tratar a obesidade infantil é preciso limitar a quantidade de publicidade de produtos pouco saudáveis, o que pode diminuir o interesse das crianças nesses alimentos”. Marianne concorda que há, sim, um excesso de estímulo para o público infantil nas mídias. “Com a oferta se cria a demanda. Ou seja: você passa a ter necessidade daquilo que vê muito” explica ela.
E você, acha que a obesidade na infância pode ser combatida com mais limite impostos pelos pais ou acredita que a publicidade também tem seu papel nisso?
Uma das motivações da pesquisa foi o fato de a obesidade infantil ser uma das maiores preocupações hoje em dia. Segundo a pesquisa, as mães apontavam os comerciais e as embalagens apelativas como as razões que mais faziam os seus filhos insistirem para comprar alimentos pouco saudáveis. Ou seja: mesmo que uma criança não goste de um certo tipo de bolacha recheada, você sabe, se o desenho preferido dele estiver na embalagem, ela com certeza vai pedir para experimentar. Para lidar com a questão, 36% delas sugeriram limitar o tempo a que as crianças são expostas à propaganda e 35% disseram que bastaria não comprar guloseimas. A maioria concorda que ceder aos apelos não resolve o problema.
Para Ana Lúcia Castello, psicóloga do Hospital Infantil Sabará (SP), essa questão está muito ligada aos limites. “São os pais quem decidem o que é melhor para a criança. Falta firmeza de dizer não e sustentar essa postura”, diz a especialista. O medo de frustrar as crianças é outro fator apontado pela psicóloga. Já Marianne Bonilha, psicóloga do Hospital Pequeno Príncipe (PR), também aponta os hábitos familiares como um problema. “Uma criança não vai entender por que não pode comer uma guloseima se os pais fazem isso em casa.” É aquela velha história de ensinar pelo exemplo. Além disso, explica Marianne, provavelmente pais que são “vencidos pelo cansaço” no supermercado também o são em outros âmbitos da vida do filho. “As regras precisam ser claras e obedecidas”, diz ela.
Mas apenas os pais são “culpados” pelos filhos não se conformarem com um não nesse caso? A resposta pode ser mais complexa do que se imagina. Segundo uma das autoras do estudo, Dina Borzekowski, “para tratar a obesidade infantil é preciso limitar a quantidade de publicidade de produtos pouco saudáveis, o que pode diminuir o interesse das crianças nesses alimentos”. Marianne concorda que há, sim, um excesso de estímulo para o público infantil nas mídias. “Com a oferta se cria a demanda. Ou seja: você passa a ter necessidade daquilo que vê muito” explica ela.
E você, acha que a obesidade na infância pode ser combatida com mais limite impostos pelos pais ou acredita que a publicidade também tem seu papel nisso?
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